
1979-2019: A memória do esquecimento / 40 anos da Lei da Anistia
Sexta, 30 de agosto – Auditório B6 / Ala Frings
Abertura / 9h : Francisco de Guimaraens (Diretor do Departamento de Direito da PUC-Rio)
Mesa 1 / 9h-11h: Memória, verdade e anistia política
Vera Vital Brasil (Psicóloga clínica, integrante do Coletivo RJ Memória, Verdade e Justiça)
José Maria Gomez (Prof. da Pós-Graduação em Direito da PUC-Rio)
João Ricardo Dornelles (Prof. do Departamento de Direito da PUC e ex-membro da Comissão da Verdade do Rio)
Carolina de Campos Melo (Prof. do Departamento de Direito da PUC-Rio, foi assessora da Comissão Nacional da Verdade e ex-conselhereira da Comissão de Anistia)
Mesa 2 / 11h-13h: Anistia e justiça: entre o passado e o presente
Sergio Suiama (Procurador da República)
Alexandra Montgomery (Diretora do Centro pela Justiça e o Direito Internacional – CEJIL Brasil)
Alan Brum (Sociólogo, coordenador do Instituto Raízes em Movimento)
Cine Direito / 14-17h: Documentário “Depois do Vendaval” (de Sérgio Péo, José Carlos Asberg e Luiz Arnaldo Campos)
após o filme, conversa com José Carlos Asberg e Larissa Corrêa (Professora do Departamento de História da PUC-Rio)
Veja o trailer do documentário “Depois do vendaval”
Um documentário sobre o início do fim da ditadura
Depois do Vendaval é um documentário de longa-metragem co-produzido pela Palmares Produções e Jornalismo e do Canal Brasil. O objetivo é realizar um inventário político-amoroso dos anos 1978-1980, período marcante da recente História do Brasil. Foi exatamente naquele momento que irromperam no cenário nacional as greves operárias do ABC paulista, quando os metalúrgicos de São Bernardo forçaram negociações salariais, banidas pelos empresários de então das relações trabalhistas. Ao mesmo tempo, a campanha pela Anistia ganhou dimensão de luta de massa, incluindo a histórica greve de fome de 32 dias dos presos políticos; o retorno de banidos e exilados; as manifestações estudantis e populares; e a reorganização dos movimentos sociais (entre eles a refundação da UNE) atropelando o projeto de abertura lenta, gradual e segura do regime militar. No centro do filme estão as memórias dos militantes (ilustres e anônimos) que se lançaram e produziram o vendaval, num extraordinário exemplo de entrega e renúncia pessoal, comendo sonhos e bebendo esperanças. Agora, trinta e cinco anos depois, homens e mulheres que ajudaram o Brasil a alcançar a liberdade reavaliam aquela época e se perguntam sobre objetivos alcançados e projetos perdidos pelo caminho. Depois do Vendaval será uma emocionante visita a um tempo que, apesar de determinante para a história do país, corre o risco de ficar esquecido. É o registro daqueles dias em que o país começava a sair das trevas da ditadura. É também o tributo que merecem todos aqueles que dedicaram suas vidas à luta pela democracia.
foto: passeata pela Anistia 1979, São Paulo